terça-feira, 20 de julho de 2010

The End

É com muita pena que vos digo que esta aventura e provavelmente este blog, chegaram ao fim. Já estou em Portugal e não faz mais sentido a sua existência. Não me sinto especialmente inspirado para escrever neste momento. Mas sinto que devo um comunicado a quem me acompanhou através deste blog, leu e foi lendo o que pensei e fui pensando, escrevi e fui escrevendo...
A vida é feita de etapas e esta acabou. Seguem-se novos desafios, uma provável entrada no mercado de trabalho e na vida adulta. Onde? Não sei ainda, por aí.
Cheguei há uns dias a Portugal mas só agora entrei em modo de reflexão final da maravilhosa aventura que vivi. Queria apenas deixar cumprimentos a todos vocês que conheci e descobri ao longo deste período e agradecer-vos por tudo. Não vos esquecerei.
Experiência enriquecedora em que me envolvi da qual não me arrependo nada. Aliás, repetia já o processo de novo! Digam-me só onde assino. Tanto a nível profissional como pessoal. Cresci e aprendi em todas as vertentes e sinto que o saldo é mais do que positivo - é maravilhoso.
Talvez nos voltemos a encontrar em algum outro cantinho deste interminável mundo cibernauta.

Já tenho saudades daquele mundo.
Até já e até à próxima aventura!

p.s. Maci tinhas razão.. mais do que da cidade, vou é ter saudades das pessoas maravilhosas que nela conheci.
p.s.2 E esta foi a última vez que utilizei este adjectivo neste blog, palavra ícone mascote do mesmo.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Devaneios

tanto que me passa pela cabeça... mas muito do que me passa, passa e vai, vai e volta...

A vida no Porto, os meus amigos, a minha família. Tenho saudades, mas sei também que vou ter saudades desta terra, deste mundo aparte, da minha vida, das pessoas sobretudo. Todas em geral e em particular umas mais que outras. Mas enfim, que saudades de ter saudades também é bom. E já estava numa fase que não sentia saudades... mas de repente sentir o regresso, a partida. Se não houvesse os fins e os começos talvez não pensássemos tanto no que vivemos. E assim damos valor ao que temos e não temos.

É bom! Até já!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Textos Soltos X

Quarta 23 de Junho, 18h
"A uma semana de entregar a tese uma estranha onda de calma e paz invade-me e segura-me. Consciência tranquila ou desleixo inconsciente? Talvez nenhum dos dois. Talvez apenas uma sensação de tudo ser relativo e um balancear de importâncias, também elas relativas. O excesso de confiança assusta-me mas é como me sinto. Sereno, mas com a alma cheia e sem preocupações, tranquilo. Ritmado como o andamento do ônibus num final de tarde sem trânsito e ameno. Gostava de perdurar este estado activamente atento e racional. Sinto-me capaz de tudo hoje."

Quinta 24 de Junho, 10h
"Hoje está sol! O clima influencia de uma forma determinante o meu dia-a-dia, a nossa disposição. Melancolia bucólica em dias chuvosos, energia e alegria em dias de céu limpo. Coltrane e Sinatra são automáticos quando está cinzento, músicos brasileiros surgem quando tudo é azul! E assim se vive... sujeito às condições que alguém determina. Uns acreditam serem imposições divinas. Eu talvez acredite que é apenas a natureza - para mim também divina. O Deus de uns está presente em igrejas, o meu, se existir está na Natureza e à imagem de um humano toma as suas dores, tem os seus dias bons e maus. O pensamento é mais rápido que a caneta mas mais lento que o ônibus e custa-me escrever mas a cabeça não pára e engole-me com ideias. O que eu acredito é que apesar da chuva e do sol influenciarem bastante a última palavra é nossa. Esse é o Deus que todas as igrejas deviam ensinar a um miúdo de 5 anos. O Deus que vive em nós, o Deus da mente. Poder inigualável. Afinal o que seria do bom sem o mau? Do sol sem a chuva? Quase sempre sentimos por oposição. Felizes porque já experimentamos tristeza, sorridentes porque já choramos. Vivemos em constantes comparações. E portanto não julguemos saber o que é bom e mau porque às o mau é bom e vice-versa. Mas do que falo... hoje está sol!"

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Just do it!

Domingo vs Segunda

Depois de um Domingo de Sol e um dia de praia fantástico, a Segunda apresenta-se chuvosa e com algum frio.
No fundo, metaforizando a responsabilidade da semana de trabalho, opondo-se ao clima descontraído e quente do fim de semana.
Moro num País tropical!

Até já.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Friday DAY fever!

Sexta feira é, e sempre será, o melhor dia da semana por excelência!
Hoje não foi excepção. Mais do que isso, foi uma sexta especialmente boa. Não só pela expectativa do fim de semana mas pelo dia em si.
Não trabalho às Sextas o que é maravilhoso, e quinta só trabalho de manhã. Claro que segunda, terça e quarta são dias pesadinhos mas só de sentir que está aí a chegar o fim de semana até ganho mais vontade de trabalhar...
Ontem foi a primeira Quinta que não fiz nada à noite e hoje soube-me tão bem aproveitar o dia de uma ponta a outra.

Sentir Copacabana de outra forma que não a do costume. Que não a forma apressada para apanhar o ônibus, que não a suja e desumanizada...Com tempo e sem o relógio ou o sono a atrapalhar, o olhar muda e transforma-nos o pensamento. Com o tempo a nosso favor, e não o contrário... E assim se percebe o poder da mente e se aprende a relativizar.

Acordar, fazer um bom pequeno almoço, tomar um bom banho, pensar.
Leituras diárias na net e café, tomar banho e pausa... sentir (independência).
Sair de casa, fazer as nossas "coisinhas", nosso bairro, no nosso tempo e parar.
Comer e pensar.
Voltar a casa, preparar-nos, correr na praia de copacabana, parar e respirar.
Banho de novo, fazer as compras da casa e trabalhar.
Final da tarde, começar a preparar a noite...

Friday NIGHT fever?

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Noite

A noite é uma perigosa companheira. Por vezes, a única ao nosso lado de madrugada. Por vezes, boémia, por vezes nostálgica e solitária. As ruas estão vazias e soturnas. A escuridão esconde um ou outro, uma ou outra. Numa esquina, num táxi, num boteco. Nunca é superficial. Por vezes profundamente triste, por vezes um mar de alegria. Mas é na noite que me conheço, que me descubro, que me deixo levar pela sua profundidade e mergulho em mim mesmo. Ao mais desconhecido eu. Àquele que ninguém conhece. Ou quase ninguém. São reflexões mundanas que se misturam na essência do ser, do mundo, das ruas. Ponho-me à prova e nem sempre me sinto capaz... Um filme em que a personagem principal, talvez a única, é o meu alter ego, a personificação da minha noite, talvez só do meu momento. Viajo, perco-me, volto. A mim, à rua, ao quarto. E não deixo nenhuma emoção de lado, felizmente porque conheço todas as formas e estados, mas infelizmente porque cada uma me explora e invade. Da mesma forma que, quando se revela gritante e feliz, me deixo levar superficialmente pelos contornos do céu estrelado e das ondas invisíveis do mar de escuridão. A noite por si só não é companhia para todos. Nem todos a percebem. Os que a reparam, olham-na de lado ou simplesmente fecham os olhos para só ver o dia e não a sentirem no seu encalço. Inspira-nos, entristece-nos, e depois compensa com momentos subtis e pormenores que durante o dia não se sentem. Imagino outras personagens, outros mundos. Os outros que nada disto sentem. Os que não se podem dar ao luxo de assim pensar. Porque simplesmente as circunstâncias não lhes permitem. E acabam por sentir de outra forma, não chegam à noite sequer, porque têm fome. De saber, de conhecer, de aprender mas ninguém lhes deu esse direito, e os poucos que lhes sobravam também foram retirados. Será para mim um privilégio? Será que não devia assim pensar? Sinto-me egoísta mas com sede de saber porquê. Chego a casa e bebo água para não desidratar do vazio, que em mim se faz sentir.
Tudo isto, num ônibus, numa rua, num bairro sujo e desumanizado que é Copacabana.
É a realidade de uma noite. A de amanhã será diferente.

O que não me mata, fortalece-me.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Texto Solto

10.05.2010 13h São Cristovão - Copacabana

"O sono invade-me nesta viagem,
A dúvida da decisão instala-se,
A música dá suavidade ao momento,
A alegria do dever cumprido dá-me serenidade.
Mas a dúvida continua lá,
E por lá há-de continuar a viver.
Melhor será aprender a viver com a sua presença,
Com o sono, a música e a alegria, difícil não há-de ser."

sábado, 8 de maio de 2010

O nada do momento

Jazz music before sleeping is the best you can afford for the one night stand.

Just you and your music. Both, in the quiet place, your home.

ohhh what a marvelous moment... alone and together with the musical perfection

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Texto Solto

20.04.2010 12h trajecto Fundão - São Cristovão

"Não há nada melhor que sentir que a cidade está connosco, que nos é íntima. As passadas na rua revelam sorrisos amigáveis, os minutos no ônibus desvendam quadros únicos e o Rio suspira... a cada esquina, a cada "moço vendendo bala". Desloco-me sem medo, com a confiança de quem está seguro por alguém, pela cidade. Permite-me, aceita-me e deixa-me à vontade para o conhecimento e exploração sem limites. Mesmo os trajectos mais rotineiros conseguem surpreender. A escravidão da pobreza vai-se sentido por Copacabana até à Princesa Isabel, ironicamente a avenida que ganhou o nome da princesa imperial que aboliu a escravidão. Mais à frente, o despique entre o Pão-de-Açucar e o Cristo Redentor. Contorno a Baía de Botafogo e tenho tempo para ver como se emergem e insinuam estes dois símbolos e sua presunçosa troca de olhares. A água reflecte o sol brilhante que ilumina o verde e a respiração da cidade. Toda a marginal, Flamengo, Glória, até à praça XV é fonte de inspiração para um dia de trabalho. Desporto e harmonia e uma zona bem preservada em contraste com o que a seguir me espera. Avenida Presidente Vargas, centro. O equivalente aos Aliados mas muito menos bonito, com mais ônibus e muitos buracos… O comércio e os escritórios inundam o centro da cidade e as pessoas trabalham para viver. Seja de fato e gravata, seja a fazer discursos pouco originais para tentar vender rebuçados e amendoins nos transportes públicos. A cidade sufoca e grita de dor ao ver tanto e tão pouco. Confessa-me suas intenções e apresenta-me finalmente a São Cristovão. Ao chegar ao trabalho percebo, uma vez mais, a minha afortunada sorte.

Sorte por ter uma boa relação com a cidade, mas sobretudo com a vida.”

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Da forma que o quisermos

O mundo na sua verdadeira realidade,
Apresenta-se-nos da forma que o quisermos ver.

Perspicaz na abordagem,
Mas inocente no sentimento,
Faz de nós o que a sua vontade pretender,
Essa pretensão de querer ser grande, de querer ser mundo.

Por vezes parece universo,
Maior que si mesmo,
Mas afinal, quem o faz somos nós,
E sem nós também nada o seria,

Por mais cínico que pareça,
Não passa de um falso mascarado,
Que nos é íntimo,
E nos mostra o que quisemos ver.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Casa nova, vida nova!

Eu e Barata já nos encontramos instalados na nossa nova casinha... Sim, mini casinha, mas muito nossa! Siqueira Campos, à beira do Metro, Copacabana! Ambientes diferentes, gente mais diversa, mais confusão, mais sujidade mas também mais vida! Fica a promessa de fotografias dos jacuzzis e suites da mansão... para breve...

Até já!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Back!

Depois de uma fugaz ida a Portugal, voltei. I´m back! Com outros objectivos, com mais conhecimento. Da cidade, da cultura, da vida... Com visões diferentes e com mais maturidade.
Em vez de aulas há trabalho, em vez de horário há flexibilidade, em vez de notas há responsabilidade e em vez de tempo livre há tempo aproveitado.
Vão ser 3 rápidos e intensos meses... No final, se tudo correr bem, começa a minha vida de adulto. E como é difícil ser adulto. Difícil mas recompensador.

Sem tantas aventuras para contar, tentarei manter-vos, ainda assim, actualizados.

Até já!

quinta-feira, 11 de março de 2010

Texto do Dani(xinho)

Nunca me passou pela cabeça, no dia em que parti para o Rio de Janeiro, que escrever um simples texto sobre a estadia na Cidade Maravilhosa me fosse causar um misto de sensações que não consigo descrever agora…
Dia 18 de Outubro, aterrei, sozinho no Brasil sabendo apenas que teria um estágio no Hospital do Fundão que começaria na segunda-feira seguinte e acabaria a 15 de Janeiro. Claro e evidente que não tinha tratado de nada, ou seja, não tinha onde dormir. Sabia apenas que alguns amigos/conhecidos se encontravam por lá. Nas 2 primeiras semanas fiquei a dormir em casa de uns amigos que estudam Medicina, que me acolheram muito bem e me proporcionaram os meus primeiros momentos de felicidade nesta cidade. Muito obrigado Inês, Xana, Miguel e Willian!
No entanto, estava a dormir na sala e em busca de um quartinho onde ficar… Claro que eu sabia que o Jaime, Ferrão e Freitas estavam no Rio e tratei de lhes comunicar que tinha aterrado ali de” páraquedas”! Logo nos primeiros dias fizeram questão de me convidar para jantar em casa deles, seguido de uma pequena iniciação àquilo que seriam as Noites Loucas do Rio de Janeiro! Como me lembro dessa primeira noite! “Hoje é Festa Erasmus em casa do Celso!!!” Não fazia ideia do que estavam a falar. Revelou-se uma grande galhofa. Muitos copos, música e dança à mistura! Fizeram questão de me apresentar à malta portuguesa que estava lá a estudar sendo que um pequeno rapaz de tronco nú, de palmeira na mão, ligeiramente embriagado, saltando e cantando, me saltou logo á vista! “Quem é este ganda maluco!?” perguntava eu. Pois é, era o grande João Maciel, que também habitava com eles na famosa Casa Rosa. Nos dias seguintes, passei a ser assíduo frequentador daquela casa, onde passei a conhecer melhor o morador q me faltava – Barata.
Duas semanas depois da minha chegada, chegou-me aos ouvidos pelo Ferrão, uma possível proposta de contratação para a Casa Rosa! A casa já estava cheia mas pelos vistos, havia um quartinho pequenino da empregada no qual eu poderia ficar a dormir caso quisesse… Parece que não foi fácil chegar a acordo para que convite fosse endereçado mas, a verdade é que, dois dias depois, lá me mudei de malas às costas.
Amigos, vulgo conhecidos, passaram em apenas 3 meses a ser Grande Amigos. Amigos daqueles que ficam para toda a vida. No fundo, foram a minha Família no Rio de Janeiro.
Nunca pensei que as coisas fossem correr tão bem. Não vou falar do meu estágio pois foi de longe a faceta menos importante desta pequena viagem. Muitas aventuras se seguiram.
Muitos dias de praia no Posto 9 de Ipanema, tardes passadas no apartamento 201 nº 174 da Visconde Pirajá, muitas noites na Lapa, muitas idas ao Leblon em busca das afamadas “patricinhas”, futeboladas no aterro do Flamengo. Enfim! Foram demasiadas histórias partilhadas, impossíveis de descrever.
No entanto, há pormenores que não podem ser esquecidos. Para começar, a “nossa” casa, a CASA ROSA! Muito desarrumada, nem sempre limpa, alvo de grandes festas mas no fundo, sempre organizada! Nunca me vou esquecer daquele papel na parede onde se encontrava uma lista com os dias da semana e os nosso nomes, indicando quando é que cada um de nós iria cozinhar. Aqueles jantares eram míticos! Muito calor, tudo de tronco nú a suar mas sempre aquela hora do dia em que nos sentávamos à mesa durante pelo menos uma hora, disfrutando de uma bela refeição em família, relatando os episódios mais recentes e planeando os futuros!
Queria deixar uma pequena palavra para cada um de vocês que fizeram da minha estadia na Cidade Maravilhosa, os melhores meses da minha vida.

Pedro Ferrão – Talvez aquele que eu conhecia melhor. Revelaste-te um verdadeiro irmão! Muitas viagens de van partilhamos juntos, às 8 da manhã… Sempre a ajudar-me nas tarefas de culinária, a fazer aqueles TANG’s maravilhosos e a fazer aquela dupla maravilha na noite! Haha Para além disso, foste o meu companheiro de viagem durante uma semana pela Argentina. És Grande!

Jaime Silva – Jaiminho, compincha de futeboladas no Porto. Quem diria que o nosso skill de bola no pé se revelaria desta forma! O verdadeiro Pai da Casa Rosa. Um rapaz cheio de virtudes, sempre disposto a dar uma palavra nos momentos menos bons. Dar um pézinho de dança, fosse funk ou fosse samba, sempre na sua mente!

Pedro Freitas – BFF! Sempre acompanhado do seu Magalhães, fosse de noite ou de dia, mesmo enquanto dormia. Nunca disse que não a uma noitada! Sempre bem-disposto e alegre, este rapaz revelou-se uma surpresa para mim. Muitas caipirinhas juntos, a aproveitar a noite até ao fim. Comprou uma prancha de surf e deu-lhe muito uso! Poucas vezes o vi fora de água…

Nuno Barata – “Vens sair hoje ou vais ficar a ver uma série outra vez!?” Muitas vezes se ouviu esta pergunta na Casa Rosa. Era apenas uma forma de nos metermos com o grande Barata! Este rapaz apesar de ter uma grande apetência para usar a minha roupa, tornou-se um grande amigo. Não o conhecia mas mostrou que para além de um grande skater, é também 5 estrelas! Sempre a brindar-nos com boa música e com vontade de curtir! Não vou esquecer aquela choppada em Nitéroi contigo mano!

João Maciel - Maci! Quem diria que tu és lisboeta… Apesar de não conhecer nenhum de nós, quando fui morar para o 201, já era uma coqueluche! Posso falar por todos quando digo que este rapaz é o maior! Multi-facetado, alegre, divertido e uma excelente pessoa. É Impossível não gostar dele. Partilhei muitos e bons momentos contigo meu irmão… Muitos mais virão, agora em Lisboa e porque não, no Porto.

Enfim, tal como disse, foram os melhores meses da minha vida na medida em que tive direito a tudo aquilo que se deseja. Para além de agradecer do fundo do coração à família da Casa Rosa e também a todos aqueles que partilharam comigo estes momentos, queria agradecer particularmente aos meus Pais e Irmão. Sem vocês nada disto teria acontecido.

Muito obrigado por tudo, cheio de saudades!

Dani

PS: Eu sei que estão todos cheios de saudades de me ver dançar…

terça-feira, 9 de março de 2010

O meu Texto

Confesso que não sei por onde começar. Sei o que sinto quando penso nesta jornada, mas não é fácil estruturar os pensamentos, não é fácil organizar as ideias, não é fácil gerir as emoções que me ocorrem. Tudo surge quando imagino a nossa casa, a nossa rua, a nossa zona, a nossa praia, as nossas pessoas. Tudo o que foi nosso, durante esses 7 magníficos meses que tivemos o privilégio de passar na nossa… cidade maravilhosa!
Talvez começar pela casa… a casa que ficou conhecida pela cor das paredes da sua sala, a “Casa Rosa”. Daniel Macedo, Jaime Silva, João Maciel, Pedro Ferrão, Pedro Freitas e Nuno Barata. Estes são os 6 elementos que viveram na, já bem conhecida, habitação 201 da Rua Visconde Pirajá. Foram momentos inesquecíveis passados naquela sala de grandes jantaradas e conversas nocturnas, naquela cozinha de móveis podres e fogão imundo, naquele pátio de churrascadas e conversas na rede, naqueles quartos de camas frágeis e calor insuportável, naquelas casas-de-banho com comunicação interna e passagens secretas. Só vocês sabem do que eu falo, só vocês provavelmente sentem o que eu sinto ao ler este texto.
Começo pelo Maci (João Maciel), homem inicialmente algo fechado e pouco falador, revelou-se um grande coração e um amigo que, com toda a certeza, vou guardar comigo para sempre. Um Lisboeta Portista… não podia haver melhor escolha! Grande companheiro de galhofas mas também de boas conversas, uma excelente companhia que penso que surpreendeu tudo e todos. Danixinho (Daniel), o homem que chegou lá a casa como temporário e acabou vivendo connosco, que grande revelação! Nenhum de nós o conhecia muito bem e que grande aquisição do plantel. Um excelente dançarino e um bom feitio que não houve um dia que não o tenha visto sem ser de sorriso na cara. Faz-me lembrar que por vezes não são precisos novos amigos de novos lugares, mas sim conhecer melhor as pessoas que nos rodeiam. Ambos, ficaram grandes amigos e para sempre o serão. Os restantes 3 são amigos de longa data e só esperava coisas boas… Já os sabia bons amigos, mas não os sabia tão boa companhia, tão fáceis de lidar e tão bons cozinheiros! Achava difícil mas realmente conseguiram surpreender-me! Pedro Ferrão, o galã falso lento, bom feitio por natureza, exímio cozinheiro, Pedro Freitas o boémio pensante sempre boa companhia, com provas dadas nas carreirinhas, exímio cozinheiro também e Nuno Barata, o bom coração stressado que adora as suas rotinas, com provas dadas no skate longboard, não tão exímio mas com grande potencial na cozinha.
Aos cinco, digo-vos amigos, adorei viver com vocês e obrigado pela vossa excelente companhia. O Rio de Janeiro não teria tido o mesmo encanto sem a vossa presença. Os lugares não têm vida própria. São as pessoas que fazem os momentos e as memórias. E vocês fizeram grande parte da história deste enorme momento da minha vida, estes 7 maravilhosos meses.
Vem-me agora à cabeça um sem número de palavras que me apetece despejar aqui de uma forma desordenada como quem despeja um balde de berlindes dentro um recipiente gigante. São palavras e lugares que me lembram momentos e me deixam cheio de saudades.
A Praça General Osório às Terças de manhã com a feira das frutas, a Baía de Botafogo e as pessoas dando uma corridinha vista de manhã através de um vidro escurecido dentro de uma van, a linha vermelha e as favelas que a rodeiam, o Arpoador, o calçadão, a praia, as barracas, o coqueirão, a “altinha” tantas vezes jogada ao final da tarde com o sol a pôr-se atrás do morro dos dois irmãos, os dois irmãos, o Bené, o 468 da Visconde, a rua Barão da Torre, o Big Néctar, o grande Big Néctar (!), nosso poiso obrigatório todas as manhãs depois de uma noitada, os seus trabalhadores, Gestor, Luís e Natanael, o Beach Sucos e os joelhos, as Skols e Antárcticas, os Açaís, os sucos na faculdade todas as manhãs, os chopps ao final da tarde no quiosque “quase nove” com música ao vivo, as corridinhas ao final do dia, a Lapa, os arcos, o homem das caipirinhas, sempre o mesmo, o inferninho (!), o maluco da Lourinhã, as meninas vizinhas, as meninas do 468, o “tô tranquilo”, o pessoal Leblon, as meninas Leblon, todos os nossos ilustres visitantes, já referenciados no blog, Parati, o fim de semana incrível onde conhecemos muita gente e que nunca nos esqueceremos, Ilha Grande e a companhia ainda maior (!!!), a primeira vez na Rocinha na melhor das companhias, o Empório, o Luisinho que vendia jolas escondido da polícia, a excelente organização e qualidade culinária da “Casa Rosa” que fez com que fosse distinguida como a casa portuguesa onde se comia melhor em todo o Rio de Janeiro (pequeno momento de orgulho e vaidosismo), o pirata de Ipanema a personagem mitológica da nossa casa, os mates limão, os hamburguers, as esfihas, o B.G., os concertos, a Fundição Progresso, a Lagoa Rodrigues de Freitas, o Maracanã, o Vasco, o Flamengo, o Pão de Açúcar, o lombo de porco folhado com cogumelos do Freitas, o timbal de frango do Ferrão, as almôndegas com puré do Maci, a bolonhesa do Barata, o rolo de carne do Danixinho, o Magalhães, as colunas do pai do Danixinho, o espelho assombrado do corredor e a camisola do Barata que passou a ser mobília da casa, o Natal, as iguarias produzidas por todos em conjunto nessa noite especial, a passagem de ano, o calor constante, a boa disposição vibrante dos cariocas, o Rio de Janeiro…!
Depois há o capítulo da viagem mas é assunto para ser abordado noutra altura, de outra forma este post não acabaria hoje.
Não podia deixar de agradecer também à minha namorada Paz, que desde o primeiro minuto me apoiou e me deu força empolgando-me, até na decisão de ir para o Rio de Janeiro. Queria agradecer não só por isso, mas principalmente pela paciência e compreensão que sempre teve comigo durante estes meses. Obrigado por tudo, és espectacular minha Paz.
Aos meus queridos pais que me proporcionaram a possibilidade de fazer o intercâmbio, acreditando em mim e na minha maturidade. Muito obrigado.
A todos vocês, que conheci no Rio e que fizeram com que gostasse tanto da cidade maravilhosa, a cidade que não pára um segundo e onde tudo acontece. Voltamos a ver-nos no Portugal-Brasil jogado no Maracanã, no Mundial de 2014! =)

Abraço a todos,

Até já!

Jaime

segunda-feira, 8 de março de 2010

Texto do João Maciel

Primeiro, gostaria de agradecer ao amigo Jaime a oportunidade de me deixar escrever qualquer coisa no seu blog.
Para quem não me conhece, chamo-me João Maciel, um dos seis elementos do mítico ap 201 do nº 174 da Rua Visconde Pirajá, casa onde passámos a maior parte da nossa temporada no Rio de Janeiro.
Não sei se o meu texto vai ter um tema específico, vou escrever o que me apetece, quando achar que devo parar, assim o farei.
Estou em Lisboa desde Sábado, sim, sou o Lisboeta, o “intruso” no meio da avalanche Portuense com quem passei grande parte do meu tempo no Rio. Ora bem, retomando, Lisboa, cidade onde vivi toda a minha vida, onde tenho a maior parte dos meus amigos e onde penso passar a grande parte dos anos que terei pela frente. No entanto, desde Sábado, esta Lisboa parece-me diferente, faltam pessoas. Não que tenha deixado de gostar das pessoas de quem sempre gostei, antes pelo contrário, o facto de ter estado afastado uns meses só veio fortalecer esse sentimento, mas sinto que nestes primeiros dias estou a viver um filme onde faltam algumas personagens. Refiro-me a todos aqueles que partilharam comigo os últimos meses, talvez os melhores da minha vida, e que agora se encontram a alguns km de distância, uns no Porto e outros no nosso “ponto de encontro”, Rio de Janeiro
Não vale a pena dizer muitos nomes, todos foram importantes, mas como é claro, de todas as personagens em falta, não posso deixar de citar os meus amigos/“irmãos”: Jaime Silva, Nuno Barata, Pedro Ferrão, Pedro Freitas e Daniel Macedo, sem eles nada teria sido tão único como foi. De simples desconhecidos passaram a fazer parte da minha vida, parece que sempre os conheci e espero que isto se mantenha para sempre. É estranho acordar de manhã e não ter um ou dois deles ao meu lado, o ventilador ligado no tecto, o barulho dos autocarros na rua e aquela conversa matinal sobre qualquer coisa. Mais estranho ainda é a quantidade de vezes que tenho um sofá só para mim, poder deitar-me nele, em vez de me sentar ao lado de alguns troncos pegajosos acabados de chegar da praia. Poder acordar de manhã e beber água da torneira, andar descalço sem me preocupar com a camada de sujidade que os meus pés ganharão, tomar banho com a “pistola” do chuveiro na mão, ter máquina de lavar loiça, ter tosteira/tostadeira/tosta-misteira, frigorífico recheado, iogurtes e toda uma variedade de coisas que não tínhamos, mas que percebi não serem necessárias para que se viva bem e com muita felicidade. Saudades de não saber quem vai entrar pela porta, o Barata com mais uma aventura na Van de Nitéroi, o Dani com a sua bata de DR. Nimed, Ferrão com a sua mala à tiracolo e o seu andar de gingão, Jaime de mochila às costas completamente estafado de mais um duro dia de aulas e… Pedro Freitas, não foram muitas as vezes que o vi entrar pela porta, mas tinha a sua imagem de marca, o seu amiguinho branco, Magalhães de seu nome, saudades dele também.
Estar de volta a uma mesa de jantar com lugares fixos e não ter o Barata na cabeceira do lado esquerdo, o Jaime à frente e os restantes do meu lado direito. Não há um mapa de tarefas na parede cor-de-rosa da sala, aliás, agora a sala tem paredes brancas, quadros em vez de posters e a televisão tem comando e canais a mais para ver.
A casa de banho é branca, branca sem manchas pretas, há gel de banho e shampoo à descrição, sabonete só para lavar as mãos.
De cinco irmãos passei a um, o verdadeiro, o gémeo verdadeiro ao qual sou confundido dia sim, dia não. Não que seja mau, é a minha vida, mas diferente da que vivi do outro lado do Oceano.
São muitas as diferenças que estou a sentir, ainda não consegui assimilar todas elas, mas a maior é sem dúvida a vossa ausência.
Por fim gostava de deixar uma palavra especial ao Jaime, o blog acompanhou-nos ao longo do semestre, tens mais uns meses pela frente, por favor não o deixes morrer. Vai ser muito útil para que consigamos acompanhar a tua vida, mais “tranquila” (abraço ao Mana) mas, com certeza, continuará a ter muitas histórias para contar.
Amigos, vou ter muitas saudades da Cidade Maravilhosa, mas duma coisa já me apercebi, não é da cidade que tenho saudades, mas das pessoas maravilhosas que nela conheci.

Um grande abraço a todos!

Maci

P.S.: Arranjem um tempinho na vossa agenda e escrevam qualquer coisa também!

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Regresso ao Porto

Amanhã regresso a Portugal. Isto (ainda) não é um post final. Falta ainda falar de Iguaçu, não foi esquecido, e claro... esta semana intensa de carnaval cheia de histórias para contar e sobretudo fotografias para mostrar! Foram dias e noites que não me deram nem tempo, nem vontade, para escrever. Para escrever da forma que quero, para tentar passar da melhor forma tudo o que vivi durante estes maravilhosos meses.

Chego Segunda-feira às 8h30 ao Porto.

Na serenidade e no conforto de minha casa, da minha cidade, não vai faltar oportunidade e sobretudo vontade para vos escrever!

Nota final ainda para vos dizer que cada um dos elementos da nossa "casa rosa" vai ter oportunidade para escrever um post sobre o que quiser partilhar comigo, convosco. Fico à espera dos textos.

C-I-D-A-D-E M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A


Até já!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Argentina

Pelo início comecaremos... Salta! Cidade relativamente pequena (maior que o Porto) mas dentro do contexto das cidades da argentina considera-se provinciana. Gostei imenso da cidade. Depois do Texas, das condicoes precárias de viagem na Bolívia, chegar a Salta foi como chegar ao paraíso. Talvez algo exagerado mas na verdade sentia-se no ar o dinâmismo de uma metrópole europeia, viam-se pessoas modernas, turistas, gente bonita, gente feia, mas sentia-se movimento. Muita gente a fazer desporto, a brincar nos parques enfim, gostei da atmosfera. A cidade tem um teleférico que sobe a um morro suficientemente alto para ter nocao da dimensao da cidade. Centro histórico muito bonito com uma grande praca rodeada de cafés e bares. De destacar o museu de arqueologia de alta montanha a que fui. Muito interessante e nada massudo... Relata algumas das tradicoes incas e rituais religiosos, sendo que a principal atracao do museu sao 2 múmias em exposicao. Tratam-se de 2 corpos de criancas que foram oferecidas aos Deuses e enterradas a mais de 6000 metros de altitude (as mais altas de sempre encontradas) e que por isso se encontram em perfeito estado de conservacao. Impressionante. Muito bom o museu valeu a pena. Depois destaco também o amigo que fiz em Salta de seu nome Facundo que trabalhava no hostel e com o qual falei bastante, boa onda.

Seguidamente, Buenos Aires!!!
A espectactiva estava em alta e nao desiludiu... Para vos contextualizar primeiro, devo dizer-vos que estes dias finais foram sempre em correria porque nao queria perder o Carnaval no Rio e entao tive que apressar as visitas um bocado...
Buenos Aires - Cidade mais imponente que alguma vez vi. Muito mais do que alguma cidade Europeia achei BA uma cidade bem pensada, cheia de adornos e imponente, acima de tudo imponente. Nas grandes ruas, nos edfícios, nos passeios, nas estátuas imensas enfim... Chego a BA de manha comeco logo pelo bairro La Boca, visito o estádio da equipa Boca Juniores onde jogou Maradona. Almoco na Rua, conheco o homem das "bifanas" (que eram de uma qualidade superior às nossas... na verdade era Lomo, excelente), e tenho uns 15 minutos de boa conversa enquanto almoco. Deixo-me deambular pelas ruas de La Boca, ouco o tango de fundo nas ruas mais turísticas e confundo-me com as cores das divertidas casas que me rodeiam. Passo para San Telmo e delicio-me. É Domingo e há feira! As minhas irmas passavam-se naquele bairro, naquele dia. A feira de Cerveira é boa mas esta tinha outra mística, outras pessoas, outros cheiros, outras coisas para vender. Deixo-me vaguear pelas intricadas ruas de um dos bairros mais típicos de BA e mais agradavéis de se caminhar. Vejo antiguidades, visto chapéus, experimento pulseiras e colares, toco instrumentos, observo antiguidades, mas nao compro nada. Ouco música, tomo um café, descubro as Tanguerias, caminho um pouco mais e acabo por comprar algo para oferecer umas tendas à frente. Desperto do transe das bancas de rua quando chego à Praca de Mayo! Páro um bocado, como fruta e penso como é que ainda nao vi o filme da Evita Perón! Visito a casa rosada e nao acho deslubrante pelo edifício mas sim pela história toda que a rodeia.
Dia seguinte faco um passeio de bicicleta pela cidade e descubro o bairro de Palermo e Recoleta muito bonitos e ideais para se viver. Imensos espacos públicos bem pensados e as gentes, felizes, a darem-lhes uso! Conheco 2 autralianas, 1 sul-africano e 1 das ilhas Fiji. Acabamos ficando todos amigos e combinamos ir à noite a um espectáculo de percurssao que me tinha sido recomendado pelo irmao do Maci, Filipe. Enquanto nao sao horas vou com o Tom da África do Sul "lanchar". Saem dois bifes e dou por mim a falar com um Sul-Africano de 28 anos, que trabalhava no sector financeiro, discutindo como outrora BA teria sido rica tal era a sua beleza e imponência em toda a parte. Nao só no centro, por toda a cidade se espalham edíficios de bela arquitectura, estátuas enfim... a piada é que estavámos em plena av.Mayo num bar/restaurante a comer um bife naquelas esplanadas de passeio com uns arbustinhos (que nunca percebi porque sao bem agradaveis) com um calor de fim de tarde óptimo e beber uma cerveja falando de economia! Surreal e único. Depois à noite um espectáculo de percussao incrível a fazer lembrar o carnaval que está aí tao perto... o mundo é pequeno e acabo encontrando 1 português e 1 italiano que tinha conhecido uns dias atrás em Salta e uma rapariga que tinha estado no Rio comigo. Konex - La bomba. Obrigado Maci e Filipe. A seguir procissao pela rua com a percursao a continuar e centenas de pessoas a seguirem a música até a uma disco com música ao vivo. Um baixo, uma bateria, três trompetes, e um sininhos e gongos lol. Muito bom mesmo...
Next day, passeio na enorme avenida 9 de Julho, como MacDonalds num segundo andar com vista directa para a avenida e Obelisco. Subo ao último andar de um hotel a conselho de Barata e Mafalda e delicio-me com a paisagem da avenida colossal. Deixo-me mais uma vez embrenhar no meio comercial, desta vez na divertida calle Florida. Depois vou até à livraria Ateneu, um verdadeiro teatro-biblioteca-livraria. Imaginem a Fnac num dia de semana de manha, tranquila, com aquela músiquinha de fundo e com café quente e pastéis de nata - tudo perfeito e apetece ficar ali a ler livros e a comprar cds. Agora multipliquem por 3 esse mesmo ambiente e em vez de uma loja no norte shopping, imaginei o ambiente de um teatro numa grande avenida de Buenos Aires. Mágico... mais uma deixa do Filipe. Thanks again. E assim acabam os meus curtos, mas intensos 3 dias em Buenos Aires.
20 horas de viagem até Iguacu... e as cataratas... ficam para amanha! Mas desde já vos digo que é algo espectacular. Natureza a 100% e muita ááágua!
Quando vos voltar a escrever já estarei no Rio porque apanho amanha a camioneta. Nao deixarei passar as cataratas porque realmente merecem um post.

Abraco a todos e até já Rio... cidade maravilhosa...

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Fotos 5



"Árvore de Pedra" no meio do deserto...



Cafezinho da manha...



A tropa das gigas...

Fotos 4

MAIS UYUNI!




Vale de la Muerte e Vale de Luna

Com as pressas esqueci-me do primeiro dia em San Pedro de Atacama... Foi incrível. Alugamos todos bicicletas e visitamos primeiro o Vale de la Muerte onde fizemos Sandboard (snowboard na areia) que por acaso nao tem piada nenhuma! lol... nem todas as experiencias podem ser boas! É realmente diferente de snowboard o atrito entre a prancha e a areia é imenso e para quem já está "rodado" no snowboard é mil vezes melhor na neve! Mas valeu muito a pena pelo caminho até e pelas paisagens incríveis. Depois dirigimo-nos ao Vale de Luna onde se diz existir um por-do-sol único pois ao mesmo tempo que o sol se poe a lua nasce com uma paisagem envolvente maravilhosa. Chegamos lá mesmo ao fim da tarde e nao conseguimos subir à crista do monte mas deu para ver a lua nascer no meio daquela paisagem desertica muito bonita. A mais de 3000 metros de altitude as pernas e o pulmao davam sinais de cansaco e perdeu-se quase toda a tropa que acabou por apanhar uma buga para trás. Fiquei eu e Freitas. O caminho de volta valeu muito a pena... com o vento a favor e com o terreno a descer ligeiramente a volta foi uma mistura de adrenalina (por uma descida inicial muito inclinada feita a abrir), contemplacao (pela maravilhosa lua cheia que se pos e pelas fotos que tiramos) e camaradagem (pela companhia e forca que demos um ao outro na viagem). Fretices excelente fim de tarde / início de noite. No total fizemos aproximadamente 40 kms numa tarde com muito sol, muito vento e excelentes paisagens. Nota também para os vídeos e fotos que eu e Pardal fizemos numa das rectas a caminho do Vale de Luna.

Fotos 3



Na Isla do Sol, uma ilha no meio do Salar com cactos centenários a atingirem mais de 10 metros, e com vistas de cortar a respiracao...



Beija-flor ou áú batido no meio do Salar de Uyuni



Jipe no Salar de Uyuni



Em Potosí visitamos as minas onde grande parte da populacao trabalha... no final o guia mostrou-nos como funciona a dinamite - Estou a segurar a dita dinamite e reparem no rastilho ... aceso!

Textos Soltos 2

Casa Carlos - Arequipa - Peru, 01h00 25.01.2010
"
Que vontade de Te ver...
Queria dormir mas a vontade nao me deixa
Queria tocar-te mas a distância nao permite
Queria ligar-te mas a rede do telemóvel nao existe
Que vontade...
Queria dizer-te mas nao ouves
Queria abracar-te mas nao sentes
Queria ouvir-te mas nao falas
Que vontade...
O que queria mesmo, nao consigo
Por isso sigo dizendo o que penso
Ao menos pensando sei para onde sigo.
"

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Deserto de Atacama e Salar de Uyuni

O reencontro com a tropa já citada foi, como já seria de esperar, muito bom e com muitas histórias para contar! Dormimos em San Pedro de Atacama a primeira noite e no dia seguinte embarcamos numa excursao de 3 dias. Nós os 6 num jipe com o nosso guia Edgar mais outro jipe onde estavam 5 belgas, 1 alemao e 1 inglês. A excursao teve de tudo... Deserto de Atacama, várias lagoas naturais a mais de 4000 metros de altitude, lamas, flamingos, vulcoes, termas naturais, salar de Uyuni (o mais incrível de toda a viagem). Bati mais um recorde de altitude chegando quase aos 5000 metros. Paisagens absolutamente incríveis, companhia muito boa. Nao vou conseguir postar fotografias mas também nao sei se conseguiria porque nao sabia escolher quais as melhores! Temos fotografias óptimas, únicas! O melhor de tudo foi sem dúvida o Salar de Uyuni, com 12000 metros quadrados é talvez a maior maravilha natural que já vi em toda a minha vida. Basicamente é um deserto feito de sal. O chao é branco feito de sal e por esta altura do ano tem uma camada de água que varia de 5 cm a 20 cm. Esta água causa um efeito de reflexao lindo! Ou seja... o céu e as nuvens sao perfeitamente refletidas no chao e no horizonte nao se percebe o que é o quê! Parece que estamos no céu, no paraísp falando com o S.Pedro. Incrível. Desculpem nao tenho muito tempo queria mesmo que percebessem quao espectacular este dia foi mas penso que as fotografias falarao melhor do que eu.
Ontem chegamos a Uyuni, dormimos e viemos hoje para Potosí (de volta à Bolívia) para visitar amanha as minas de prata, cobre, zinco...

Em breve escreverei mais detalhadamente***
Até já!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Fotos 2



Eu com o Jonathan à esquerda e Joel à direita - Santa Cruz



De manhazinha eu e Jonathan a 4700 metros de altitude prontos para comecar a descida!



A meio da Estrada da morte numa pausa os trës primeiros do pelotäo!

Fotos 1



Autocarros na Bolívia...



Mirante em La Paz à noite!



Lago Titicaca



O famoso Cuy - no Peru um petisco... na Europa um animal de estimacao...



Os 2 guias malucos do rafting! Muito casticos

Peru - Arequipa

Ir para Arequipa nao foi tarefa fácil. Houve uma greve de camionistas e durante uns dias nao houve autocarros para Arequipa. Decidi entao ir até Desaguadero (cidade Boliviana na fronteira com Peru) num "Auto". Basicamente, um auto é um carro particular que leva as pessoas a troco de dinheiro. Eram 10h da manha e o motorista para além de guiar muito rápido com ultrapassagens de cortar a respiracao, nao parava de por folhas de coca na boca... Parecia cansado e mascar as folhas desperta e dá energia. De Desaguadero nao ha muito a dizer... a cidade parece o Faroeste antigo... Ruas largas de terra com casas de dois pisos de cada lado da estrada. Se me aparecesse de repente o homem que dispara mais rápido que a própria sombra nao me espantava. Com a diferenca de que as pessoas sao tipicamente dos andes... as mulheres com as suas mantas coloridas carregando nas costas as suas tralhas ou mesmo os seus filhos. Cidade cheia de pessoas e movimento típico de uma cidade fronteirica. Depois de algum tempo tratando do carimbo de entrada no Peru apanho entao a camioneta para Arequipa. O caminho é muito bonito. As paisagens da cordilheira dos Andes sempre como cenário de fundo e repentinamente parece-me avistar o mar! Como é possível?!? Claro que nao era o mar mas sim o lago Titicaca! O lago mais alto do mundo e também ex-concorrente a uma das 7 maravilhas do mundo. É tao grande que nem sempre se percebe que é um lago! Chegando a Arequipa sou "resgatado" pelo meu amigo Carlos.
Fiquei 5 dias em Arequipa e penso que deu para perceber a dinämica da cidade. Contrastando com a desorganizacao e sujidade da Bolívia, Arequipa é uma cidade arranjada, muito bonita, cheia de pracas e mirantes com bonitas vistas. Situada a 2300 metros de altitude, a cidade é rodeada por Trës vulcoes inactivos, visíveis de todo o lado. El Misti, Chachani e Pichu Pichu. Fundada por nuetros hermanos em 1540, a "Ciudad Blanca" é assim conhecida por suas construcoes em sillar - rocha vulcänica esbranquicada. Com 1 milhäo de habitantes, a segunda cidade mais importante do Peru é um local pacato e agradável para se viver pareceu-me. As casas nao passam os 4/5 andares, sendo a maior parte moradias. Isto acontece porque a regiäo é sísmica e as pessoas tëm medo de construir edifícios muito altos. Para além das várias igrejas espalhadas pela cidade a cidade possui um mosteiro que realmente é uma obra de arte - Mosteiro de Santa Catalina, onde viveram (e ainda vivem), totalmente isoladas do mundo exterior, algumas freiras. Vivem apenas "rezando e procurando o amor". Parece-me muito estranho e extremo esta forma de demonstrar a sua fé mas enfim. O Mosteiro é uma obra de arte, como dizem os arequipenhos, uma cidade dentro da cidade. Houve ainda tempo para experimentar Rafting no Rio da cidade - Rio Chili. Claro que nao foi dentro da cidade mas sim mas a montante onde a água tem mais corrente. Adorei como é óbvio... embora nao tenha sentido a mesma adrenalina da descida da estrada da morte na Bolívia, gostei imenso do contacto com a natureza, do trabalho de equipa e claro das zonas mais rápidas onde parece sempre que vamos saltar fora!
Agora a gastronomia... Prato mais arequipeño que cebiche ou ceviche (nem eles sabem bem como se escreve) nao há! É realmente uma delícia... Peixe e marisco variado cru muito bem temperado com várias especiarias e limäo, que acaba cozinhando os mariscos com a sua acidez. Acompanhado com batata doce e milho tostado. Depois alguns pratos peculiares e algo estranhos para um europeu... entre eles Cuy. Conhecem os animais de estimacao porquinhos da índia? É um desses!!! O prato vem com o bicho inteiro assado, patinhas e focinho também ahah... comi um, é parecido com frango e segundo dizem é uma carne com zero colestrol e que faz muito bem a saúde. Surreal. Também de destacar a cerveja Cusqueña preta que, devo admitir, é das melhores que alguma vez provei. Inka Kola é um refrigerante peruano e o único a ultrapassar, em termos de consumo nacional, a coca-cola. Sabe a gelatina eheh. Nao me podia esquecer do Pisco! É um licor clássico que, pelos vistos, Chilenos e Peruanos lutam por saber onde apareceu. Acredito que tenha sido no Peru... (se nao dizia isto, o Carlos matava-me! lol).
Finalmente o agradecimento ao Carlos e a sua família. Receberam-me com grande simpatia e fizeram-me sentir, como sempre diziam, como se estivesse em casa. Foram incansáveis nas respostas as minhas perguntas sobre a sua cultura e foi de facto muito agradável jantar, conversar e aprender com todos eles. Muito obrigado.

Infelizmente ocorreram chuvas intensas em Machu Pichu e encerraram a subida para turistas. Ontem, os acessos estavam todos cortados e nao havia garantias de quando voltariam a abrir. Assim tive de mudar a minha rota... Decidi mudar a rota para S.Pedro de Atacama, no Chile, onde me vou encontrar com o Barata, Freitas, Joao Nuno, Pardal e Bino. Estou neste momento em Arica, cidade Chilena que faz fronteira com o Peru, esperando o autocarro as 22h para chegar ao meu destino as 9h30. Nao desisti ainda de Machu Pichu mas complicou a situacao agora... nao sei ainda se vou conseguir, nem quando vai abrir.
Em San Pedro esperam-nos desertos, dunas, salares e nasceres do sol... Será muito bom reencontrar a tropa toda que me espera e com eles divertir-me e conhecer ainda mais do mundo! Amigos, até amanhä!

Aos demais, até já...

domingo, 24 de janeiro de 2010

Textos Soltos

Quando se está sozinho por vezes escreve-se,

Viagem de Puerto Quijarro - Santa Cruz 19h30 16.01.2010
"Depois de 3 horas a andar sem nada avistar, excepto vegetacao e mais vegetacao, paramos para o "baño" - borda da estrada. Homens e mulheres a fazer as suas necessidades mais básicas de uma forma colectiva. Nao ha rede no telemóvel, queria mandar uma mensagem mas nao posso. Nao ha luz no bus, queria ler mas nao posso. Aproveitei ate agora para ler o livro que trouxe, mas a noite que caiu nao me deixa continuar... Os homens do bus, mascando folhas de coca estao despertos e sempre com pressa. Vou tentar dormir neste fim de tarde..."

Pizaria em La Paz 21h00 21.01.2010
"Cidade Mágica... com um nome tao bonito nao esperava outra coisa =). Porém, desorganizada, caótica nos seus elementos - carros, ruas, bancas, gentes, cores, frutas, mercados, cheiros e tradicoes. Desorganizamente harmoniosa. Organizadamente contraditória. 3680 metros de distância em linha vertical em relacao ao nível do mar, mas nao só. Distância social e económica em linha vertical a todos os países onde já tinha estado até hoje. Primeiro copo de vinho tinto desde a partida. Primeira bebida acompanhada apenas pela caneta e bloco. E que companhia fazem! A companhia sueca e brasileira (que mais tarde se agregou) foi excelente, mas agora que me encontro de novo comigo mesmo, com os meus timings e vontades, sinto-me bem. O tempo multiplica-se, os pensamentos também. A atencao aos pormenores volta e o dia rende mais. Pizaria cheia, vela acesa e repentinamente um senhor Boliviano brinda-nos com um tango ao vivo. Tocado, entenda-se. Maravilhoso. Copo meio cheio, aliás meio vazio porque para lá caminha. Menos 1 centímetro de vela, mais 3 minutos de música argentina interpretada bolivianamente.
Um escrito, um momento, uma boa experiência."

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

DEATH ROAD - a estrada mais perigosa do mundo!

Ontem tive um dos melhores dias desde que comecei a viagem. Aventuramo-nos a descer a estrada de morte, conhecida pelos recordes mundiais de fatalidades. Hoje em dia a estrada encontra-se desativada para carros e pesados mas quando estava em funcionamento matou, infelizmente, muita gente. Nao sei ao certo se alguem morreu ao descer de bicicleta mas se tivesse que apostar, pelo que vi, diria que sim. Fizemos a descida com um guia que nos levou de camioneta ao ponto inicial a 4700 metros de altitude - duas pedaldas e ficavamos logo ofegantes. O grupo era constituído por mim, os 2 suecos, 4 brasileiros, 2 argentinas e um casal que nao cheguei a saber a nacionalidade. Claro que os zucas trataram de por toda a gente em contacto, sempre extremamente comunicativos. Na subida até ao pico inicial sentia-se alguma ansiedade, falava-se de comprimidos para as alturas (que nunca tinha ouvido falar) e de como seria o percurso. Nós os tres estavamos na espectativa e cheios de sono - alvorada as 6h30 com algumas cervejinhas na noite anterior. Chegamos, equipamos e comecamos! Cedo se percebeu quem seria o pelotao da frente - a tripla claro =) inicialmente faz-se uns 20 kms em asfalto para ambientar. Um gelo de matar e com a velocidade nem se sentia a cara e, mesmo com luvas, as maos. O guia Christian era muito castico e sobretudo rapido o que para nos foi optimo. O cenário era absolutamente fantástico! Os picos dos montes a volta estavam cobertos de neve e nos ali naquele silencio a descer de gás a montanha. Mas a aventura comecou realmente quando entramos na parte de gravilha com os penhascos gritantes na borda da trilha. Com o tempo húmido, muitas vezes a chover mesmo, a descida foi uma das 7 maravilhas da minha vida com certeza! A adrenalina constante, o piso escorregadio, as pedras rolando, o som dos pneus a percorrer a trilha... que espectáculo. Sempre atrás do Christian a picá-lo eheh. Faltam-me realmente as palavras para descrever esta aventura. Como a minha irma diz, as boas experiencias sao mesmo para partilhar. Estava mesmo com necessidade de escrever este post. Desculpem aos demais mas realmente as principais pessoas em que pensei foram a minha irma Rita e cunhado André (que se iam PASSAR com isto, tenho a certeza), Godinho (amigo de muitas e muitas voltas de giga durante a adolescencia e que me deram aquela experiencia e a vontade para poder tirar o máximo partido da descida) e Sebas (por causa dos relatos da descida de Alvarenga que tantas vezes estivemos para ir, mas nunca se concretizou).
A medida que descíamos, a temperatura aumentava e ficava mais fácil de respirar. Iamos fazendo pausas para comer algo e algumas fotografias. Felizmente consegui chegar ao final sem cair mas as quedas foram várias pois o piso estava traicoeiro. Uma delas, o Jonathan, mesmo a minha frente. Esteve bem pois enrolou-se logo e soube cair bem. Felizmente nao foi perto da ravina.
Destaque 1: a parte final com partes elameadas que o rolar da roda faziam com que os meus olhos se enchessem de terra. Cascatas a cairem em cima da nossa cabeca e partes com 10 cms de água que passavamos a abrir para nao parar.
Destaque 2: as constantes cruzes e flores ao longo do caminho que nos faziam lembrar que apesar da diversao da descida, o perigo era real e estava ali ao nosso lado.
De Cumbre (4700 metros) a Coroico (1200 metros) foram 67 kms no total e mais ou menos 5 horas a descer.
No final, um banho médio quente e um Almoco ajantarado buffet que soube muito bem - toda a gente a repor energias como se nao houvesse amanha. Troca de contactos e uma tertúlia internacional de vários assuntos - tudo boa gente.

Uma experiencia única. Recomendo a todos os que venham a La Paz - NAO PERCAM!

Amanha vou para o Peru ter com o Carlos (amigo conhecido no Rio de Janeiro) e em principio conseguirei postar todas as fotos.

Saudacoes para todos na esperanca de que experiencias tao boas como esta se repitam.

Até já!

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Viagem para St.Cruz e estadia e chegada a La Paz

Comecei a viagem sozinho (para responder à minha sister Caxixi) e logo no início encontrei dois suecos que têm acompanhado... Mais parecem argentinos porque estam há muito tempo na América do Sul e viveram em Córdoba. Viagem para st.Cruz - Surreal... Paragem para ir à casa-de-banho - um descampado imenso... Entre a fronteira e St.Cruz é como um deserto de selva... Nao existe quase nada! Entao a malta faz as suas necessidades ali na beira da estrada! St.Cruz foi uma surpresa. As minhas espectativas eram muito baixas, o centro é bonito mas tudo o resto é sujo e desorganizado - à imagem do paìs. Os suecos conheciam pela internet, através do site couchsurfing uma boliviana que nos levou a conhecer aquilo. Foi muito bom. Gente com alguma formacao e culta. Levaram-nos durante a tarde de domingo a uma festa boliviana típica, tipo S.Joao com musica mt mt má!!! Tipo salsa e isso... surreal! Next day rumamos a La Paz. Estamos num hostel incrivel barato com muita gente um bar really nice com boa música. Amanha vamos descer de bicicleta a "estrada da morte" - 72 kms a descer uma estrada com vistas incríveis. Falarei no próximo post. Desculpem a pressa mas é complicado - you know.
Desculpem também os constantes estrangeirismos mas tenho falado muito inglês e bastante espanhol - o que tem sido óptimo. Uma das maravilhas de viajar é de facto a prática das línguas e a troca de culturas. Conheco muito melhor agora a Suécia!

Abraco a todos com saudades mas com vontade de viajar um ano inteiro!
Deixo fotos para depois está mt complicado!!

Até já!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Puerto de Quijarro

19h27 horas locais. Escrevo este post de Puerto Quijarro, cidade da Bolívia perto da fronteira com o Brasil. Foram 29 horas de camioneta que deram para dormir muito e ler bastante. A viagem foi pacata e fez-se bem. O objectivo era chegar à fronteira e apanhar logo um onibus ou comboio para Santa Cruz mas nao foi possivel porque já estava cheio. Antes disto aquela ansiedade normal com os controlos da polícia federal. Já queriam que pagasse uma multa qualquer que acabei por me safar... no meio desta azáfama acabo por conhecer dois Suecos na mesma situacao que eu e querendo ir tambem apanhar logo o onibus para santa cruz. Nao conseguimos e compramos "bolete" (em boliviano) para manhana! Acabamos por ficar juntos e procurar um sitio para dormir. Acabamos por passar o dia juntos e arranjamos um quarto triplo por 25 bs (bolivianos) cada um. O que dá um total de 2,87 euros para dormir num sitio mais ou menos decente. A seguir procuramos algo para comer - pratada de frango, arroz e batatas por 10 bs - pouco mais de um euro! A cidade... indescritível! Parece que caiu ontem uma bomba aqui. Estradas com alcatrao só vi uma ainda e daquelas cheias de pó. Tudo o resto sao caminhos de terra com ervas daninhas a nascer em todo lado. As construcoes parecem todas inacabadas e as lojas/restaurantes nao se percebem o que sao.. por fora parecem garagens com pessoas la dentro e umas mesas de plastico ca fora. É preciso entrar para perceber... Saneamento nao me parece que haja. Surreal mas ao mesmo tempo a cidade transmite algum conforto, uma sensacao de que está tudo em família na rua a cortar batatas ou a dar de comer a um cao vadio. Tenho fotografias comigo mas nao tenho aqui o cabo comigo... vou tentar divulgar depois. Entretanto o Jonathan e o Joel ficarao comigo até pelo menos Santa Cruz, depois logo se vê. Estao a viajar desde Setembro por Chile, Argentina, Brasil e Bolívia. Pelo meio trabalharam em alguns Hostels para ganhar algum dinheiro para continuar a viagem. Amanha partimos entao para Santa Cruz numa viagem de 15 horas que, embora mais curta, se adivinha mais difícil pelas condicoes em que iremos viajar... ja deu para ver o aspecto dos onibus, alias agora sao busus em boliviano.

Até Já!

p.s. nao liguem ao acentos e cedilhas porque este teclado boliviano nao parece ter disso...

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Quase... Finalmente!

Depois de alguns entraves que me fizeram adiar a partida, finalmente vai começar a viagem. Bolíva, Peru, Chile e Argentina são os targets... Em breve estarei de partida. Vou tentar, dentro do possível, manter o blog actualizado para me acompanharem, ainda que virtualmente, nesta aventura.


América do Sul

Até já!

Parabéns Rodrigo!!!

Custa-me não estar neste dia com o meu afilhado e sobrinho. Tenho saudades dele. Como não lhe posso dar nada físico daqui, deixo-lhe aqui um beijinho de parabéns e a certeza que não o esqueci! Ainda não lê, mal fala, mas fica assim aqui o registo eternizado.

Apresento-vos o galã Rodrigo ;)



Parabéns miúdo!!!

sábado, 9 de janeiro de 2010

Imagens soltas

Com a nossa estadia a chegar ao fim começamos a dar mais valor aos pormenores, ao que vemos na rua e começamos a perceber como estamos perto do fim. Por esta altura estamos agora a embarcar todos para uma viagem da América do Sul.

Deixo-vos algumas imagens de Ipanema...





Fredy e Cuco

Este post vem um bocado atrasado mas não podia deixar de vir... Frederico Gonçalves e Pedro Fontes deram-nos o privilégio da sua companhia nestes tempos últimos de Rio de Janeiro. Fredy, mora neste momento nos Estados Unidos e abdicou do Natal com a família para vir passar o Natal connosco e ano novo. Cuco chegou dia 26.

O Cuco já conhecia bem a peça e é um amigo com provas dadas, o Fredy foi uma agradável surpresa, conhecia-o de "Como é que é tasse bem..? ah e tal surfzinho.." e foi realmente a par do Cuco uma excelente companhia. Não deram descanso à cidade maravilhosa... Bons tempos passados. Forte abraço aos dois e até já.



Os últimos hóspedes oficiais do 201 da Visconde Pirajá...

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Feliz 2010!

Infelizmente os registos fotográficos do reveillon ainda não me chegaram às mãos, apenas uma foto. Muito rapidamente, jantar Pré-Meia-noite em casa da Ritinha, Mi, Sofia, Ana, Xica e Ariana, fica aí a foto:



A seguir rumamos a copacabana para passar a meia-noite embarcando numa viagem emblemática. Aparentemente ao entrar tudo parecia dentro da normalidade... rapidamente o ônibus se transformou em autocarro e o Flamengo no F.C.Porto! Salvo raras e resistentes excepções (deixem-se de benfiquisses) toda a gente era tripeira e portanto tivemos que tomar conta da ocorrência à moda do Porto carago! Cânticos e coreografias foram o entretenimento até Copa! Saindo do transformado ônibus rumamos navegando por entre milhares de pessoas até à praia junto ao mar, guiados por esta bandeira verde que viram na foto. Um espectáculo incrível de fogo de artíficio foi-nos presenteado enquanto brindes, saudações, pés com areia, pés molhados, abraços, gritos, choros, palavras soltas, ocorriam... a partir daí a noite decorreu e a mim deu-me uma dor de cabeça gigante que me fez logo vir pa casa e perceber que estava a arder em febre... este episódio, juntamente com uns episódios importância menor relativos à casa/senhorio culminaram num daqueles momentos menos bons mas como já vos disse - O que não me mata, fortalece-me!
Até à data ainda não estou 100% recuperado... mas para lá caminho e espero que tenha sido apenas uma nuvem passageira neste (já) nosso maravilhoso céu, e o sol não tarde a reaparecer em força!

Até breve.

Momentos não passam de momentos...

A vida é feita de momentos. Uns bons, outros maus.

A felicidade que toda a gente procura incessantemente é por definição um momento, uma boa notícia, um feito, uma conquista, um ganho, um orgulho, um sorriso, uma vitória! Mas será sempre instantânea e rápida, como as mousses de pacote.
Não quer dizer que por isso que não valha a pena procurar esses ditos momentos - vale! No entanto, só valerá verdadeiramente a pena se tivermos esta consciência da brevedidade de um instante. Nada é eterno e tudo tem um fim - frases feitas que se aplicam tão bem aqui. Assim, o que realmente importa é rodar ligeiramente a cabeça, esgueirar o sobreolho por cima do ombro e observar o que se passou atrás de nós. Analisar o nosso percurso (definido por vários momentos consecutivos) e acreditar que realmente o que construímos serviu de alguma coisa e acima de tudo que os momentos de felicidade foram muitos mais que os de tristeza. Dar valor aos bons momentos...

A boa notícia é que o mesmo se aplica precisamente aos momentos de tristeza! A ligeireza de um instante é aplicada pelo Tempo da mesma forma directa e implacável.
E ainda há outra nota muito positiva em relação a estas alturas menos boas: a força que nos arrasta para baixo e nos deixa tristes não é nada comparada com a força que nos levanta e nos faz sair mais fortes e reforçados destes momentos! Além disso, a felicidade nua e crua só existe depois da tristeza profunda e cruel.

Afinal... o que seria dos bons momentos sem os maus?

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Natal 2009

Um Natal muito diferente do normal como já se previa. Rodeados de amigos, todos diferentes, todos iguais, todos longe da sua família mas acima de tudo, todos em família. Não faltou nada... mas por outro lado faltou tudo. De destacar um acordar diferente no dia 25. Um acordar de sentimentos contraditórios por vezes melancólicos, por vezes de agradecimento por tudo o que estou a viver. Mas sempre com uma pitada de saudades à mistura e sorrisos cumplíces com o espelho. Perceber e dar valor à distância mas também ao que temos e não temos na nossa vida Portuguesa e Portuense. Saudações a todos, à minha família e à minha Paz - o melhor presente de todos os natais é a vossa companhia!
Um Natal diferente mas entre a nossa família mais próxima do Rio. Uma palavra para os dois grandes ausentes - Freitas e Dani. Fizeram falta à nossa mesa natalícia carioca.

Boas entradas para todos para um ano 2010 em grande!





quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

A sunny Day in Ipanema



Desculpem... este post é uma ilha deserta na sequência cronológica do blog mas apeteceu-me pôr esta fotografia aqui.

A minha máquina fotográfica ficou esquecida na cobertura do Renato (um amigo da Lourinhã que aqui fiz e que vai ficar) noutro dia. Hoje fui buscá-la e tive esta surpresa, tinha umas fotos aqui de Ipanema com o pôr do sol. Renato, boas fotos!

Até amanhã sobrinho, para a janta de Natal.


P.S. Aproveito para deixar aqui a convocatória para o jantar de amanhã. Fodex (Mãe desculpa o calão mas aqui não há outra palavra que dê para aplicar!) amanhã não é um jantar qualquer! É A CEIA DE NATAL!

Fredy Gomez, Jaime Silva, João Maci, Miguel Mana, Nuno Barata, Pedro Ferrão, Renato Fragata. Ordem alfabética, repararam? :P

Praia Sol chinelos e NATAL

No meio deste calor de vez em quando custa a acreditar que realmente estamos no Natal. Posso-vos dizer que até ontem não tinha ainda sentido o espiríto de Natal...
Mas ontem tudo mudou.
Começamos a ganhar noção de que estavámos na época! 3h da manhã e começa um brainstorming natalício... o que comprar, o que comer, o que beber e o que dar de presente! Troca de prendas combinada, depois de muitas (in)decisões e pontos de vista acabamos por chegar a um consenso sobre como combinar a tão falada troca de prendas... Decisão tomada, desta vez sem () como prefixo. Começa então a lista de compras! Não pode faltar nada, afinal é NATAL! Bacalhau, perú, tostas, queijos, pão, entradas, vinhos, aperitivos, nozes, enfeites, enfim tudo a que temos direito! E começa aqui o Natal diferente... diferente porque não é com a família em primeiro lugar. ALiás, não com a família de sangue, mas com a família de amizade porque sim realmente é a nossa família carioca. Segundo, porque estamos a dar valor a coisas que outrora eram entregues às mães e tias, pais e tios, e agora estão nas nossas mãos. Falo da organização e planeamento das coisas que fazem o Natal - comida, bebida e prendas. OBRIGADO PAI E MÃE por todos os Natais que preparam para nós. Com os vinhos já escolhidos (pai nem digo nada para não te deixar ficar mal... falo só num que sei que não te deixa ficar... para acompanhar as entradas, Muralhas!) amanhã vamos todos passar o dia na cozinha a (tentar) fazer rabanadas (lá voltaram os parêntesis), aletria, mousse de chocolate, perú e roupa velha MAS com muito gosto! Este está a ser o nosso Natal. Mais do que abrir a prendinha à meia-noite é esta logística de planear que nos deu repentinamente mas profundamente a mística do Natal!

A ver vamos como será a noite de amanhã... Esperem pela reportagem fotográfica.

Para intensificar ainda mais o espírito esta estadia maravilhosa começa a chegar ao fim... e os brindes às pessoas (ainda agora protagonizado por Eng. Nuno Barata), aos lugares, aos momentos começam a ser frequentes. Em jeito de despedida, olhando para trás e agradecendo por todos os que nos proporcionaram estes meses óptimos e aos que também fizeram parte desta aventura. Obrigado a todos e até já*

sábado, 19 de dezembro de 2009

Ipanema 9,5

Um dia de praia em Ipanema posto 9 e meio. O bom tempo tem ajudado... que delícia. Não resisto em vos deixar umas "chapas" desta nossa maravilhosa rotina de praia...


Instrutor Saladas =)


A velha guarda de Ipanema Beach


A galera com o "Bené", o homem da barraca que nos abastece de côcos gelados...


Galera Portuga


Cocão Geladão

Jantar Anos Ferrão

No dia 12 de Dezembro festejamos os anos do Ferrão e da Mafalda num restaurante na lapa muito boa onda. Com direito a música ao vivo...



Os 6 artistas da nossa casa, da esquerda para a direita, João Maciel (Maci), Nuno Barata, Jaime Silva, Daniel Macedo (Danichinho eheh), Pedro Ferrão, Pedro Freitas.



Os 6 com os 3 visitantes



As meninas.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Manu Chao - Fundição Progresso

Mais uma noite incrível na Fundição Progresso... Parece que não acontecem noites más neste espaço mágico. Um concerto nota 10!


O 201 virado ao contrário...

Estes 3 senhores elevaram para 9 os elementos desta casa... Por ordem de chegada, Gonçalo Malheiro, Pedro Lacerda e Pedro Nieto. O 201 nunca esteve tão caótico como estes últimos tempos...



sábado, 5 de dezembro de 2009

Rocinha

5h da tarde na praia de ipanema com a malta e a Paz... comentário da Paz: "Adorava ir à Rocinha, já combinamos com eles (Freitas e João Maciel meus companheiros de casa e de vida carioca) mas aposto que se vão cortar que chatice..." Passado uns momentos: "Pessoal como é? Siga à Rocinha amanhã ou não?" Alguém diz, "Porque não vamos agora?" dito e feito. Fomos a casa e rumamos a uma das favelas mais conhecidas do Rio de Janeiro. O objectivo era ir ao bar do Belo no topo da rocinha com as melhores vistas de sempre... Os nossos dois "guias" já referidos já lá tinham ido. Lá fomos de Van até ao pé do morro e da favela. Chegando lá, apanhamos um moto-táxi para chegar lá em cima... E que subida. Só existe uma estrada que atravessa a favela toda e portanto num dia ao fim da tarde pode imaginar-se o trânsito que não tem... passam lá ônibus, vans, carros e moto-taxis. Uma verdadeira odisseia esta subida. Bem agarrado cada um com o seu motorista parecia uma corrida a ver quem chegava primeiro... no meio daquele perigo iminente e vertiginoso tentei abstrair-me e olhar à minha volta. As casas, o comércio, as pessoas, tentar perceber como aquela gente vive ali. Sem palavras. Chegando lá em cima, ainda meio quente da viagem de moto sem capacete absolutamente surreal que tínhamos todos acabados de fazer nada melhor do que uma cervejinha para relaxar e aproveitar as vistas num fim de tarde fabuloso. O café para além de um balcão, tinha lá dentro um carro podre, uns matraquilhos, uma mesa de cartas e uns quantos caixotes. Pedindo as cervejolas, o João pergunta se não podemos subir..? Depois de passarmos por um piso intermédio que servia de armazém, com as paredes inacabadas, com os varões de aço a sair de fora de um betão de alguns pilares de dimensões imprecisas e variadas... chegamos ao terraço do bar. E quando digo terraço é literalmente um terraço. Não pensem numa cobertura com varandas de metal e cadeirinhas e uma mesa com guarda-sol. As varandas não existiam, as cadeiras eram dois tijolos, e a mesa um depósito de água antigo que serviu para o efeito. Meia hora de fotografias e contemplação pura, nua e crua. Depois desta intensidade toda, o rumo não poderia ser outro senão um mergulho na praia de ipanema, já de noite, já em território neutro e com a alma descomprimida.
Ficam aqui para todos vós alguns registos fotográficos entre eles estão duas montagens protagonizadas por Pedro Freitas no topo da Rocinha e outra já na praia de ipanema por Maria da (minha) Paz. Qual delas a melhor não sei dizer... Deliciem-se!







E as duas obras-primas:




Uma palavra final de agradecimento ao Freitices e ao Maci que nos acompanharam a este lugar maravilhoso. Gostava de falar mais do que vi, do que senti mas realmente nesta altura faltam-me as palavras para descrever este momento.